quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


SOBRADO DOS MÂNCIOS (Hotel São Paulo)

Esse prédio foi construído pelo comendador José Jacinto de Toledo, importante capitalista e agricultor, um dos homens mais ricos e influentes de seu tempo em Iguape. Depois de sua morte, em 1855, o palacete passou a pertencer ao seu genro, o comendador João Mâncio da Silva Franco, casado com Maria do Carmo de Toledo. Depois para o filho de João Mâncio, João Américo Mâncio de Toledo, casado com Maria de Castro Mâncio de Toledo. Com a morte de João Américo em 1898, sua viúva passou a ser proprietária do prédio. Dona Maria de Castro casou-se, então, com o ex-padre Luiz Vinciprova, que passaram a ser os proprietários desse sobrado e também do Itaguá. Em 1900, o casal alugou o prédio para a Câmara Municipal, que nele unificou as alas masculinas e femininas do antigo Grupo Escolar de Iguape, ali funcionado até o ano de 1916, quando foi inaugurado o “Vaz Caminha”. Em 25 de abril de 1910, o coronel Antonio Ludgero de Souza Castro comprou o prédio de Luiz Vinciprova e do capitão Eurico de Castro Mâncio de Toledo e outros filhos de dona Maria de Castro, falecida em 1909. Em 26 de dezembro de 1916, Sebastião Ferreira de Moraes comprou do coronel Ludgero de Castro o sobrado, ali instalado o "Hotel São Paulo", que até então funcionava na Praça da Basílica, no prédio onde hoje é o "Restaurante Zé Juca", e pertencia a firma "Floramante & Ferreira", dos comerciantes capitão Floramante e Regino Giglio e Sebastião Ferreira de Moraes. Em 25 de setembro de 1945, Deolinda de Aquino Moraes, esposa de Orlando Sant’Anna de Moraes (prefeito de Iguape de 1933 a 1936), adquiriu o prédio do espólio de Sebastião Ferreira de Moraes. Em 25 de janeiro 1991, passou a pertencer aos filhos de Orlando Sant’Anna, Célia Maria Sant’Anna de Moraes, Gicelda Maria Sant’Anna de Moraes, Therezinha de Moraes Santos e Ayrton Sant’Anna de Moraes (falecido em 18 de abril de 1995), que são os atuais proprietários desse elegante palacete. Consta que nesse prédio funcionaram os grêmios da "Primavera" e das "Violetas" (que depois se transformaram nos "Destemidos"). Ainda hoje podem ser observadas no gradil de ferro da sacada voltada para a Rua 9 de julho as iniciais JMSF (João Mâncio da Silva Franco). (Do livro "Iguape - Nossa História", de Roberto Fortes).

26/04/2005 Publicada por Roberto Fortes

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